Tendência de morbimortalidade por causas externas no Espírito Santo no ano de 2012 à 2016

Resumo: Introdução: As causas externas conceituadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como lesões intencionais (agressões, homicídios, suicídios, privação ou negligência) e lesões não intencionais (acidentes de transporte, afogamentos, quedas, queimaduras, dentre outras) ocupam lugar de destaque entre as causas de morbimortalidade no país(OMS, 2002). As taxas de mortalidade e a morbidade por causas externas vêm aumentado ao longo das últimas décadas, sendo apontado como um sério problema de saúde pública, tanto no Brasil, quanto no mundo (TAVARES, 2012). As causas externas englobam os acidentes e as violências que geram algum tipo de lesão, podendo ser física ou psíquica, e podem ter ou não o óbito como resultado. Os acidentes são eventos não intencionais e evitáveis, gerador de lesões físicas e emocionais. Tais acidentes podem ser quedas, afogamentos, acidentes de transporte e intoxicação, a violência, geralmente se manifesta na forma de agressões, suicídios e homicídios, representando- se no uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra outros indivíduos ou contra si próprio (MASCARENHAS, 2015). Objetivo: O objetivo geral deste estudo é analisar a tendência de morbimortalidade, por causas externas no período de 2012 a 2016 no estado do Espírito Santo. E como objetivos específicos, Descrever a ocorrência de causas externas a partir das seguintes variáveis: pedestre traumatizado, motociclista traumatizado, quedas, exposição à corrente elétrica, radiação e às temperaturas e pressões externas do ambiente e outros tipos de causa. E correlacionar tais variáveis com a faixa etária, sexo, cor/raça e estabelecimento de atendimento (regime) e região de saúde (metropolitana, Norte, Sul e Central). Metodologia: Trata-se de um estudo analítico, retrospectivo, do tipo ecológico de base populacional, com base em dados secundários. Os dados relativos ao índice anual de internações e óbitos por causas externas, no período entre 2012 e 2016, serão obtidos a partir do SIH/SUS, pela Secretaria de Vigilância e Saúde do Ministério da saúde através do portal eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) considerando as ocorrências por meio do local de residência.
Foram elegidos os seguintes agrupamentos:
• Pedestre traumatizado (V01-V09)
• Motociclista traumatizado (V20-V29)
• Quedas (W00-W19)
• Exposição a corrente elétrica, radiação e às temperaturas e pressões externas do ambiente (W85-W99)
• E os demais causas externas (Y40-Y98).
Os dados relacionados às populações, durante a série histórica, para os cálculos das taxas de mortalidade serão baseados nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). O estado do Espírito Santo é administrativamente dividido em 4 regiões (central, metropolitana, norte e sul). As variáveis correlacionadas com a tendência de morbimortalidade são a de faixa etária, sexo, estabelecimento, cor/raça e estabelecimento de atendimento (regime). A população será estratificada de acordo com grupos etários proposto no DATASUS (20 a 29;30 a 39;40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; 70 a 79; 80 anos ou mais); sexo (masculino e feminino); cor/raça (branca, preta, parda, amarela e sem informação); e Regime (público e privado) e a região de saúde. Para análise de tendências de mortalidade será utilizada as taxas de mortalidade compensadas e ajustadas, estimando-se as taxas com modelos de regressão linear simples. Em relação a morbidade será estimada por meio do número de internações. As correlações entre as variáveis serão realizadas por meio do coeficiente de correlação de Spearman. A Correlação de Spearman baseia-se na ordenação de duas variáveis sem qualquer restrição quanto à distribuição de valores, ou seja, mais utilizado para dados não paramétricos. Resultados esperados: Permitir uma análise epidemiológica de qualidade com levantamento nas principais ocorrências por causas externas no Espírito Santo. Almeja-se o interesse de profissionais de saúde na execução de ações preventivas de educação aos acidentes por causas externas. A partir dos dados levantados e após as ações, o resultado mais esperado é a redução do índice de causas externas nesta região. Com este estudo será mais bem caracterizado as ocorrências de causas externas e suas características regionais o que auxiliara na proposição de medidas educativas bem como o direcionamento de recurso e planejamento de políticas de saúde.

Data de início: 16/05/2017
Prazo (meses): 36

Participantes:

Papel	Nome
Coordenador	BRUNO HENRIQUE FIORIN