COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO EM COMISSÕES DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR: ESTUDO EM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL À LUZ DA GESTÃO DO CONHECIMENTO
Nome: FELIPE RAPHAEL MARINS MARTINS
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 30/08/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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RUBENS DE ARAÚJO AMARO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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MÔNICA DE FÁTIMA BIANCO | Examinador Externo |
RUBENS DE ARAÚJO AMARO | Orientador |
TACIANA DE LEMOS DIAS | Examinador Interno |
Resumo: As universidades públicas são ambientes propensos à ocorrência de conflitos, devido à enorme diversidade de pessoas, opiniões, projetos e objetivos, que refletem as contradições da sociedade. Nesse contexto, grande parte dos conflitos converte-se em Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que representa o instrumento pelo qual a administração pública exerce seu poder-dever de apurar as infrações funcionais e aplicar penalidades aos seus agentes públicos. Ocorre que, de modo geral e também no contexto da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a condução desses procedimentos tem apresentado resultados insatisfatórios, gerando o acúmulo de processos, mora processual, reforço da cultura litigante e, consequentemente, ineficiência. A problemática reside no fato de que dois dos principais fatores que prejudicam o desenvolvimento dos PADs nas instituições públicas, em geral, são a falta de capacitação dos membros das comissões disciplinares e o reduzido número de servidores aptos a trabalharem nelas. Tal fato também ocorre na Ufes, aliado a um agravante, que é a falta de documento de referência para os procedimentos a serem realizados pelas comissões disciplinares. Nesse sentido, o objetivo principal deste estudo foi compreender as principais necessidades e dificuldades na atuação dos servidores membros das comissões disciplinares na Ufes e demonstrar como a teoria da criação e o compartilhamento do conhecimento podem colaborar na solução e mitigação das dificuldades identificadas. Em termos teóricos, a pesquisa utilizou a Teoria da Gestão do Conhecimento (GC), especificamente a Teoria da Criação do Conhecimento, de Takeuchi e Nonaka (2008), centrada na questão do conhecimento tácito e explícito e sua importância na criação e no compartilhamento do conhecimento e na aprendizagem organizacional. Quanto aos métodos e procedimentos, o estudo adotou a abordagem qualitativa, utilizando roteiros de entrevistas pré-estruturados para levantar o perfil dos membros das comissões, bem como identificar as dificuldades, necessidades e sugestões dos servidores envolvidos na condução dos trabalhos nas comissões disciplinares. Como resultados, foram mapeadas as principais necessidades e dificuldades enfrentadas por esses servidores na gestão dos processos e, com disso, realizadas proposições de práticas e diretrizes com base na GC para solucionar/minimizar os problemas identificados. A partir dos resultados, apresentou-se como Produto Técnico/Tecnológico o Material instrucional: referencial para o desenvolvimento dos trabalhos em comissões disciplinares, com a finalidade de orientar os servidores, oferecer um documento orientador para os trabalhos realizados pelas comissões, compartilhar o conhecimento na instituição, minimizar os riscos e aumentar a eficácia desse processo.