Promoção à Segurança Viária: Potencialidades e Dificuldades no Processo de Implementação da Intersetorialidade

Nome: RODRIGO NICHETTI SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 22/04/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROGÉRIO ZANON DA SILVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
PABLO LUIZ MARTINS Examinador Externo
ROBSON ZUCCOLOTTO Examinador Externo
RODRIGO DE ALVARENGA ROSA Examinador Interno
ROGÉRIO ZANON DA SILVEIRA Orientador

Resumo: Introdução: No novo paradigma da segurança viária, avança-se para o entendimento da necessidade de uma abordagem mais integrativa do trânsito, que possibilite transformações na realidade ilustrada por elevados índices de acidentalidade e mortes. Para enfrentamento desta problemática, a intersetorialidade foi considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma estratégia de gestão capaz de oferecer respostas integrais ao complexo problema da acidentalidade no trânsito. A partir dos anos 2000, a OMS passou a apoiar iniciativas em diversos países, inclusive no Brasil, que tenham como referencial de trabalho esta nova estratégia de gestão. A questão é que muitas instituições, principalmente aquelas pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), não estão habituadas a trabalhar de forma intersetorial. Tradicionalmente coube aos setores de transportes e segurança pública, quase que exclusivamente, a responsabilidade por promover a segurança viária. Com o novo paradigma, advoga-se que as responsabilidades no processo de prevenção de lesões e mortes no trânsito devem ser compartilhadas com amplos setores da sociedade, o que indica a necessidade de aperfeiçoamento de processos de gestão, com destaque para compartilhamento de informações, conhecimentos e experiências e o diálogo interinstitucional. Esta pesquisa se insere nesse contexto e se orientou pelo seguinte problema de pesquisa: que desafios e dificuldades aparecem no processo de implementação da intersetorialidade para promoção da segurança viária? O objetivo foi compreender a gestão da segurança viária da Polícia Rodoviária Federal no Espírito Santo (PRF/ES) sob a ótica da intersetorialidade. O referencial teórico que sustentou o estudo foi o paradigma da complexidade desenvolvido, principalmente, a partir de Edgar Morin (2011). Partiu-se da premissa de que, à luz do pensamento complexo, seria possível compreender os fundamentos epistemológicos da intersetorialidade. Quanto aos métodos e procedimentos, adotou-se a abordagem qualitativa, configurando-se a pesquisa como descritiva. A obtenção de dados foi realizada por meio de entrevistas com gestores responsáveis pelas Delegacias da PRF no Espírito Santo, bem como o superintendente regional e o chefe da Seção de Operações, totalizando seis participantes. As entrevistas, gravadas e transcritas, foram analisadas à luz do método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os resultados revelaram a existência de elementos restritivos à implementação de ações intersetoriais, bem como a identificação de aspectos facilitadores com potencial de interferir positivamente no processo. No que tange às dificuldades, de modo geral, o corporativismo de pessoas e organizações, o desconhecimento das metodologias de trabalho dos parceiros e a utilização do trabalho intersetorial para obtenção de autopromoção pessoal, estão entre as principais barreiras identificadas. Por outro lado, dentre os pressupostos capazes de potencializar o processo de intervenção intersetorial estão: o sentimento coletivo de que sozinhos, apenas com esforços setoriais, não se consegue promover o direito a um trânsito seguro; a necessidade de maior engajamento para mudança de status quo; e, o reconhecimento de que quanto maior as interações, mais fortalecidos estarão os vínculos interinstitucionais, propiciando que mais soluções possam surgir. A partir dos resultados, como produto técnico foi elaborado um anteprojeto: Relatório Técnico Per Se contendo subsídios, proposições e estratégias para o fomento e desenvolvimento de ações intersetoriais de segurança viária.

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