ABSENTEÍSMO E RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO DE
SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO NO CONTEXTO DA PANDEMIA

Nome: JÚLIA PANDOLFI MOISÉS
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 09/05/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Orientador
BRUNO HENRIQUE FIORIN Examinador Interno
MARINA GREGHI STICCA Examinador Externo

Resumo: Aspectos relacionados ao trabalho podem causar efeitos, positivos e negativos, na
saúde das pessoas. A pandemia causada pela disseminação mundial do coronavírus
promoveu mudanças drásticas nas estruturas e relações de trabalho, nas quais o
teletrabalho tornou-se o modelo possível para a continuidade das atividades. Impactos
na saúde da população em geral e, especialmente, dos profissionais da saúde que
atuam na linha de frente de combate à pandemia foram observados no mundo. A
comunidade acadêmica, estudantes e docentes também foram afetados. Com a
redução dos índices de contágio e vacinação em massa, as atividades acadêmicas
retornaram à modalidade presencial. Assim, o problema situa-se no entendimento de
aspectos relevantes e impactos observados na saúde física e mental dos servidores da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) no contexto da pandemia. Para tal, o
objetivo principal da pesquisa foi avaliar as principais causas de afastamento do
trabalho e a percepção de fatores de riscos psicossociais e elementos relacionados à
saúde dos servidores da UFES no contexto do trabalho remoto e do retorno à
modalidade presencial. O aporte teórico desenvolvido abordou aspectos legais
relevantes sobre a gestão de saúde no serviço público, a dinâmica do processo de
trabalho da UFES no registro de afastamentos e suas principais causas, bem como os
fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho que podem desencadear
doenças. Quanto aos métodos e procedimentos, esta pesquisa possui natureza
descritiva e abordagem mista, na qual foram adotas as técnicas de análise documental
dos relatórios extraídos do Portal Siape Saúde do Governo Federal visando analisar as
principais causas de afastamentos do trabalho dos servidores da UFES no período de
2012 à 2022, além da análise dos dados obtidos a partir da aplicação de um questionário
para a identificação da percepção de fatores de riscos psicossociais e elementos
relativos à saúde dos servidores da UFES. Os resultados demonstraram que,
excetuando-se o aumento da incidência de doenças associadas a infecções
respiratórias virais, constatado a partir de 2020 em função da pandemia de COVID-19,
os grupos F (transtornos mentais e comportamentais), M (doenças do sistema
osteomuscular e do tecido conjuntivo) e Z (fatores que influenciam o estado de saúde e
o contato com os serviços de saúde) foram os mais relevantes no período avaliado. No
que tange às categorias indicativas de estresse relacionado ao ambiente de trabalho, a
aplicação do Questionário HSE-IT demonstrou que as dimensões Demandas, Apoio da
Chefia e Controle foram apontadas como as mais críticas pelos servidores. Os dados
também indicaram que para 49,85% dos respondentes houve uma percepção de
melhoria de aspectos relacionados à saúde e bem-estar no trabalho durante a adoção
das modalidades remota ou hibrida, decorrentes da pandemia. Por outro lado, a
percepção de agravos à saúde física e/ou mental foi relatada por 27% dos participantes.
A partir desses resultados, como produto técnico foi elaborado um relatório de
diagnóstico sobre as causas de afastamento ao trabalho e fatores de riscos
psicossociais dos servidores da UFES no contexto da pandemia, além de uma proposta
de ações para promoção e vigilância à saúde aplicáveis às Instituições Federais de
Ensino Superior.

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