POLÍTICA DE CULTURA: ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO NA UFES ALINHADA AO PLANO NACIONAL DE CULTURA

Nome: ELIZA BARBOZA GOBIRA

Data de publicação: 27/03/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARIADNE MARRA DE SOUZA Orientador

Resumo: A cultura permeia toda materialidade e imaterialidade relacionada ao ser humano e as relações que este estabelece em sociedade e, com o espaço e com os recursos naturais. Ao longo do último século no Brasil, o Estado passa a gerenciar políticas culturais a fim de fomentar e regular esse campo simbólico, que interfere nos modos de vida, na evolução do indivíduo e das sociedades. A gestão da pasta cultural no Brasil é marcada pela descontinuidade advinda de sua história política e alternância de projetos de governo. Nas últimas duas décadas a cultura começou a institucionalizar-se no Brasil enquanto política de Estado, tendo o Plano Nacional de Cultura, promulgado em 2010, como marco legal que orienta a atuação pública. Por meio dele, entes federados e órgãos públicos são incentivados a construírem democraticamente e formalizarem políticas que orientem sua atuação em consonância com as diretrizes nacionais, a fim de contribuir nessa construção. Pela amplitude do conceito de cultura, as atividades a ele relacionadas se encontram dispersas, principalmente no ambiente universitário marcado pela multidisciplinaridade. Dessa forma, instituições públicas de ensino superior tem se articulado para troca de experiências sobre sua produção e atuação cultural, organização dessas informações, formação e capacitação de profissionais e institucionalização de políticas alinhadas às realidades locais e às diretrizes nacionais. Nesse sentido, o Fórum Nacional de Gestão Cultural das Instituições Públicas de Ensino Superior, Forcult, elaborou em 2020, através de um grupo de trabalho, um material instrucional que orienta as instituições na construção de suas políticas e planos de cultura. Esse material foi utilizado como ferramenta metodológica que orientou a coleta de dados nesse trabalho, buscando a partir da visão dos gestores identificar potencialidades e caminhos para a construção de uma política na instituição. A pesquisa foi referenciada na produção acadêmica sobre as políticas culturais no Brasil e a aproximação entre cultura e educação, além de documentos produzidos por outras instituições que registram e compartilham as práticas acadêmicas e administrativas sobre o processo de construção e institucionalização de suas políticas culturais. Quanto à metodologia, utilizou abordagem qualitativa e se configura como descritiva. Por meio de entrevista com perguntas abertas direcionada a gestores foi possível compreender a visão da gestão sobre a adoção da noção antropológica de cultura, cultura em sentido amplo, e os meios para construir uma política passível de operacionalização. Identificou-se que a construção da política sob a perspectiva do conceito ampliado de cultura será uma construção gradativa e que, para sua elaboração inicial, com ampla participação da comunidade acadêmica, as potencialidades da instituição devem ser exploradas pelo fortalecimento de iniciativas pré-existentes buscando assimilar temas e objetivos comuns, privilegiando a diversidade e a aproximação da instituição com a comunidade externa. Como produto técnico tecnológico foi elaborado manual que visa mobilizar a instituição no âmbito acadêmico e administrativo para construção da política, considerando o conhecimento dos seus ativos culturais, a inserção na articulação interinstitucional e a promoção do debate público e ampliado.

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